A Bola, O Jogo e Mais Futebol foram unânimes em considerar que Marítimo e Rio Ave, que ontem empataram sem golos no Funchal, proporcionaram um bom jogo de futebol.
“Na era do futebol de Verão escaldante e campeonato à porta fechada, José Gomes e Carlos Carvalhal podem sentir- se de consciência tranquila pois, embora nulo no marcador, o Marítimo-Rio Ave foi um jogo bom de seguir, daqueles a pedir a companhia de uma bebida fresca para saborear o final de um dia bonito. Ou talvez a sede, fácil de saciar nesta Liga de sofá, tenha sido inspirada pelo evidente esforço das equipas para enfrentarem este final de temporada atípico, fora de tempo que vai custando lesões, com o incompreensivelmente fraco relvado a ajudar”, pode ler-se na crónica de Mónica Santos, jornalista de O Jogo, como quem diz “a festa foi boa, pá”.
Apesar da aparente tranquilidade dos adeptos, como indicia Mónica Santos, houve pressão e a equipa de José Gomes respondeu com sucesso, segundo Raul Caires, em nome do Mais Futebol: “O ego deste Marítimo transfigurado em equipa coesa, seguro na tabela e sem horizonte europeu, reclamava a quarta vitória consecutiva e correu por isso, quando viu a oportunidade de apanhar desprevenido um adversário que também soube equilibrar cautela e ambição. No final, porém, Rodrigo Pinho, Edgar Costa, Milson ou Getterson reencontraram sempre o vazio ou Kieszek, neste que pode comparar-se a um jogo entre velhos conhecidos. Era difícil surpreender e aliciante tentar”.
Pressão atenuada
“A pressão do Rio Ave foi atenuada quando Milson falhou o alvo por pouco (51m). À hora de jogo, na sequência de um canto a favor do Rio Ave, René aliviou e iniciou uma saída rápida que colocou o veloz Milson na cara de Kieszek: valeu a atenção do polaco a afastar o perigo à saída da área. Os vila-condenses pressionavam alto, mas quando perdiam a bola, revelavam alguma incapacidade para travar o contragolpe O Marítimo ainda introduziu a bola na baliza, mas a bicicleta de Zainadine encontrou René em posição irregular. O jogo estava vivo e, na resposta, Piazón escorregou no momento do remate. Na contrarresposta, valeu novamente a coragem e eficácia de Kieszek, que saiu da área para evitar que Rodrigo Pinho recebesse, isolado, um passe longo”, referiu, ainda Raul Caires.
Gonçalo Vasconcelos, jornalista do Record, identificou a forma como reagiu a Carlos Mané: ” A entrada de Carlos Mané agitou o ataque vila-condense, mas a verdade é que o Marítimo assentou o seu jogo e pertenceram- lhe as melhores ocasiões das egunda parte. Kieszek brilhou a grande altura com uma saída destemida a negar o golo a Milson (60’) e ainda com outra defesa importante perante Rodrigo (74′).