O líder da equipa técnica do Al-Taawon conhece bem as virtudes do esquerdino do Sporting, uma vez que o treinou quando representou o Rio Ave, em 2018/2019.
“Era uma contratação que estava quase fechada pelo clube quando cheguei e pensaram nele para lateral esquerdo. É tecnicamente muito evoluído, notavam-se as vivências que tinha em posições mais adiantadas [jogou como médio ofensivo no Brasil], que serviram para utilizar os seus melhores recursos. Sabe sair sob pressão, fá-lo muito bem e foi particularmente bom trabalhar com ele. Tem muito critério na construção do jogo ofensivo, diria que é o seu grande ponto forte, e é-lhe fácil avançar, chegar a zonas ofensivas sem perder a bola, sendo capaz de assistir em condições” referiu José Gomes, em declarações a Frederico Bártolo, jornalista de O Jogo.
“É agressivo na disputa aérea, transmite segurança defensiva ao treinador e tem ainda uma enorme capacidade técnica. É normal que o Rúben aposte nele ali: é um jogador interessante para fazer várias posições. Neste enquadramento de três centrais jogar como defesa centro esquerdo é o lugar mais indicado”, acrescentou o treinador dos “lobos”.
José Gomes comparou Matheus Reis a Rúben Vinagre e a Nuno Santos: “Diria que o Matheus perde para a leveza e velocidade dos outros alas que o Sporting tem, mas não tenho dúvidas de que vai ser muito importante a jogar na ala quando precisarem de mais robustez defensiva”.
Lacuna corrigida
Houve aspectos que o brasileiro teve de corrigir, como se pode ler nesta reportagem do diário da Global Media: “Tinha uma notória dificuldade a nível físico, no início, de fazer a rotina de subir e descer no corredor. Era difícil para ele cumprir o vaivém, ainda assim dava as outras garantias todas. Falei várias vezes com ele sobre isso, que tinha de mudar esse ‘chip’, perceber melhor como subir, no fundo como se fosse um elevador. Ele concordou, empenhou-se e com trabalho colmatou essa lacuna”.
José Gomes comentou, também, o facto de Matheus Reis nunca ter marcado pelos leões: “Está, em muitas ocasiões, atrás, enquanto os outros sobem. É difícil fazer golos quando se joga em posições recuadas e quando não se sobe ao outro lado para as bolas paradas.”
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