A prestigiada Sky Sport analisou a forma como o Reading melhorou de rendimento no Championship depois da chegada de José Gomes para liderar tecnicamente o Reading.
Num artigo assinado por Adam Bate, destaca-se a sintonia entre o líder dos Royals e os adeptos, como se verificou no final da vitória, por 3-2, diante do Wigan por 3-2: “Foi uma catarse para a multidão no Estádio Madjeski e Gomes divertiu-se, demonstrando uma paixão que ajuda a explicar por que ele já é o favorito dos adeptos”, escreve o jornalista da Sky Sports.
Adam Bate reconhece que o Reading entrou mal em 2019, com a derrota por 4-1 frente ao Swansea, mas a dez jogos do final está fora da zona descida. Eis a explicação de José Gomes: “Em primeiro lugar, o clube apoiou-nos bastante desde que chegámos e ajudou a mudar em diferente áreas, dentro e fora do relvado, e esperamos agora que isso traga resultados. Claro que a equipa estava numa posição muito difícil na Liga. Por isso, a confiança é sempre um aspecto para trabalhar.
A motivação dos jogadores é, portanto, uma característica que mudou com José Gomes: “Tentamos que a equipa se divirta a trabalhar no nosso sistema e com o género de futebol que queremos apresentar. Penso que estão a jogar e a treinar motivados diariamente. Isto é crucial porque ainda temos uma batalha muito dura pela frente nas nossas mãos e a nossa mentalidade será a chave até final da época”.
Adam Bate salienta, igualmente, o facto de José Gomes ter trabalho em países como Hungria, Grécia e Arábia Saudita e que fala quatro línguas: “Vivi muitas experiências em diferentes ligas que realmente me ajudaram a estar preparado para isto. Liderei muitos balneários, trabalhei com orçamentos limitados e fui responsável por equipas em situações delicadas na tabela classificativa.
O exemplo de Bobby Robson
A influência do inglês Bobby Robson foi responsável pelo sonho de trabalhar em Inglaterra, sobretudo quando treinou o FC Porto: “Sempre quis trabalhar neste país e senti a paixão de Sir Bobby Robson quando ia ver as suas sessões de treino”, admite José Gomes.
A importância de Jesualdo Ferreira é também determinante no percurso de José Gomes, com a curiosidade de ter trabalhado numa equipa técnica liderada pelo treinador do Al-Sadd que incluiu Nuno Espírito Santo, agora técnico do Wolverhampton.
Voltando às características do Reading, a posse de bola é um factor a ter em conta, surgindo como terceira equipa com mais passes desde a chegada de José Gomes, apenas superada por Leeds e Swansea. Frente ao Manchester United, num jogo relativo à Taça da Liga disputado em Old Trafford, atingiu os 60 por cento: “Para marcar golos, precisamos de ter a bola e focar-nos na sua ligação e posse. Esta é a minha ideia”.
Rival de peso
Frente ao Leeds, adversário de hoje a partir das 20 horas, Adam Bate diz que “será um exame difícil para o progresso do Reading, mas que pode, pelo menos, ir para este desafio com confiança. Tendo sido uma reviravolta improvável e, pela primeira vez desde há muito tempo, há optimismo no Reading. Este é o legado dos esforços de José Gomes e seus jogadores”.
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