José Gomes concedeu entrevista ao prestigiado Mirror, no âmbito do encontro desta noite, às 19.45 horas, entre Reading e Wolverhampton, treinado por Nuno Espírito Santo, a contar para a terceira ronda da Carabao Cup.
No início do artigo, José Gomes recorda como Bobby Robson o inspirou quando o inglês era treinador do FC Porto: “Aprendi mais vendo-os treinar e estou orgulhoso por repetir a paixão dele que me serviu de inspiração. Robson tinha 64 anos, gritava mas ele adorava os jogadores e era possível sentir a sua paixão. Era impossível não sentir a conexão com o futebol inglês, aquele homem iluminava-me e contribuiu para eu querer treinar no futebol inglês”.
O treinador dos Royals destaca, também, a importância dos adeptos do Reading, ao criarem o Dia de Portugal, na sequência da permanência no Championship: “Foi tão especial, foram incríveis e uma parte de todas as conquistas que conseguimos na última época e estou certo que nesta temporada vai acontecer o mesmo. Mas, agora, devo-lhe o Dia do Reading”.
Treinadores “made in” Portugal
O Mirror realça que José Gomes é um dos treinadores portugueses a brilhar em Inglaterra, depois das “portas abertas” por José Mourinho. Como consequência, o líder da equipa técnica dos Royals abordou a importância dos técnicos nacionais, sem esquecer Nuno Espírito Santo: “Temos treinadores muitos bons em Portugal. Penso que temos algo nos nossos genes de quando viajámos para o Brasil, África, para todo o lado, e a forma como criámos fantásticas relações com outras pessoas. Este é o primeiro passo para abrir o caminho do sucesso. Os treinadores portugueses, quando não têm dinheiro, apoio, adjuntos, encontram uma solução. Temos de nos desenvolver e tentar esconder os problemas que existem. É um exercício maravilhoso encontrar uma solução para tudo, até cortar a relva, se quisermos uma boa sessão de treinos. Não somos como os técnicos italianos. Algumas vezes, só querem defender. Nós queremos utilizar o espaços, o contra-ataque. Talvez sejamos uma mistura entre os italianos e os holandeses que gostam de jogar um futebol aberto. Se falarmos sobre um identidade portuguesa, então é algures entre os dois. O Nuno é uma pessoa muito inteligente, é muito esperto e mostra isso, porque está a fazer um trabalho fantástico nos Wolves, o que não é uma surpresa.
Ambição sem limites
José Gomes garante, mais uma vez, que o facto de a construção do plantel do Reading ter sido condicionada pelo “fair-play” financeiro não limitou a sua ambição: “É claro que não estamos na posição que queremos, mas a posição na tabela será completamente diferente no final da época, com muitas surpresas em cada semana. Não estou a dizer que o nosso alvo é sermos campeões, porque há muitas equipas que lutam pelo título, mas devemos ser um pouco mais ambiciosos. Quero ser um dos treinadores com mais sucesso no mundo e quero juntar-me à lista de elite, e isso significa que devemos aceitar as oportunidades que pudermos. Acredito realmente que o Reading será um importante passo para juntar-me a esse grupo”.
Resumo no Notícias ao Minuto
Em Portugal, o site Notícias ao Minuto fez esta manhã referência a esta entrevista. Clique aqui para mais informações e aqui para ler a entrevista no Mirror.