Quando Darwin Núñez chegou ao Almería no verão do ano passado, contratado ao Peñarol por cerca de 5 milhões de euros, o rótulo já era de qualidade e o avançado, então com 20 anos, já carregava às costas o epíteto de novo Cavani.
Dezasseis golos marcados em 32 jogos na II Liga espanhola comprovaram o acerto da escolha da equipa espanhola e não fizeram destoar o alvo do Benfica para o ataque de Jorge Jesus daquele que foi o início do seu ídolo, Cavani, no futebol do Velho Continente com a camisola do Palermo. Pelo contrário.
Quando o treinador português José Gomes, 49 anos, chegou ao Almería há poucas semanas para tentar garantir, através do play off, o regresso à principal liga espanhola não foi difícil reparar em Núñez, que desde o primeiro momento mostrou pedigree que, garante o técnico a A BOLA, o leva a almejar carreira que pode, agora que começa a ganhar nome no futebol do Velho Continente.
«São vários clubes e alguns colossos europeus que parece que andam atrás dele e não me espantaria que dentro de algum tempo pudesse ser dos melhores avançados a atuar no futebol europeu. É alto, tem 1,92 metros, mas é rápido, muito potente. Não defende mal, remata bem de primeira e é um jogador muito pragmático a procurar espaços para finalizar», disse José Gomes em conversa com A BOLA, sem ter dúvidas de que Núñez não teria dificuldades para se impor no futebol português e logo numa equipa com o peso e ambição do Benfica de Jorge Jesus”.
«Nem pensar, é um avançado muito bom. Claro que se sair do Almería será uma baixa muito grande na nossa equipa», sublinhou José Gomes, ciente de que se arrisca a perder uma das principais mais-valias de um grupo que almeja voltar rapidamente aos grandes palcos do futebol espanhol, depois de ter morrido na praia há poucas semanas diante do Girona (perdeu 0-1 fora e 1-2 na segunda-mão, em casa).
Recorde-se que José Gomes, terminada a última época no Marítimo substituiu outro português, Mário Silva, no Almería.
Texto : A Bola