O Reading assegurou a permanência no Championship (2ª Divisão inglesa) e muito deve a José Gomes, que chegou ao clube em dezembro e alcançou a meta a que se propôs. O trabalho realizado foi reconhecido e o clube vai celebrar o ‘dia de Portugal’, domingo, no último jogo com o Birmingham. Tudo passa por ‘pintar’ o estádio com bandeiras e camisolas de Portugal e o técnico, de 48 anos, contou a Record como surgiu a ideia.
“Começou tudo com um adepto a propor isso nas redes sociais. Eu nem tenho, por isso nem vi, mas tornou-se viral e o clube achou a ideia engraçada e tomou a iniciativa”, explicou o ex-Rio Ave, que destacou o facto de nunca ter visto algo assim na sua carreira. “É realmente uma honra e gratificante. O jogo fica associado a Portugal e este fenómeno acaba por ser um orgulho. Até aumenta a responsabilidade para ter um bom resultado”, considerou José Gomes, que confessou outras formas de agradecimento dos fãs para consigo.
“O clube estava num mau momento, mas trabalhámos muito, aceitaram as minhas ideias e a permanência deve-se totalmente aos jogadores. Saíram 14 jogadores, vieram cinco e fomos uma família. A cidade esteve ao nosso lado e isso viu-se pelo apoio nas partidas decisivas”, concluiu.
Deseja manter Nélson Oliveira
Um dos jogadores que chegou a meio da época ao Reading foi Nélson Oliveira, cedido pelo Norwich, e José Gomes abordou o futuro do avançado, de 27 anos. “Gostava que ele ficasse no Reading, mas não será tarefa fácil. Não depende de mim”, defendeu, elogiando o contributo do ex-Benfica que fez três golos em dez jogos pelo Reading: “Teve um impacto brutal com golos. Só teve azar com lesões.”
Subida depende das finanças
No que diz respeito à próxima temporada, o técnico português prefere manter os pés bem assentes na terra e só ambicionará lutar pela subida se a questão financeira do clube assim ajudar. “Devido ao fair play financeiro na liga, estamos limitados em relação a contratações, mas veremos. Se houver novidades no mercado, podemos ambicionar subir. Mas não se podem criar expectativas altas”, explicou.
- Por Filipe Balreira, jornalista do diário Record.