
Os jornais desportivos enalteceram, naturalmente, a vitória e a exibição do Marítimo frente ao Benfica por 2-0, na 29ª jornada da Liga NOS.
“Ganhou peso a estratégia de José Gomes: cinco homens atrás mais dois à sua frente e três avançados a adiarem a construção de jogo do Benfica. Assim, cedo se percebeu que, apesar do bem razoável número de oportunidades criadas, seria muito complicado haver golos na baliza do Marítimo. E piorou quando o relógio ultrapassou os 30 minutos, fase em que os insulares pegaram no jogo e começaram a criar perigo (Rodrigo Pinho até marcou, mas em fora de jogo)”, escreveu Rogério Azevedo, em A Bola, acrescentado que o triunfo até podia ter sido mais expressivo. “O Marítimo fora tremendamente eficaz a chegar ao 2-0. E até fez o 3-0, bem anulado por fora-de-jogo de Joel Tagueu”.
Na crónica de Marco Gonçalves, jornalista de O Jogo, pode ler-se o seguinte: “Sem conseguir bater a oposição de um Amir imperial na baliza insular, o conjunto liderado por Bruno Lage foi abatido por outro super-herói: Nanú. O lateral-direito inventou os dois golos do Marítimo fruto de uma velocidade supersónica que ninguém do lado encarnado conseguiu travar e além dos lances aos 74’ e 79’ já tinha feito proeza idêntica na primeira parte, quando aos 23’, passando em sprint pelos adversários, entregou a bola a Rodrigo Pinho, que finalizou. O golo foi, contudo, anulado por fora de jogo”.
No Record, José Manuel Freitas resumiu, assim, a forma como o Marítimo alcançou os três pontos: “Sem ponta por onde se lhe pegar, sem ordem no jogo e organização, os encarnados expuseram- se àquilo com que José Gomes tanto sonhou: espaço suficiente para que Nanú pudesse dar cabo de uma defesa remendada e também ela agora mais exposta pela falta de apoio do ‘miolo’: em dois golpes, a papel químico, no espaço de quatro minutos, o defesa/extremo foi por ali abaixo, fez o que quis de Ferro, Nuno Tavares e Jardel e ofereceu golos a Correa e Rodrigo Pinho. E, quem sabe, o campeonato ao FC Porto”.
Nesta curta frase, Raul Caires, jornalista do Mais Futebol, sintetizou, de forma perfeita, os 90 minutos realizados pelo Marítimo: “Saber sofrer e esperar pelo momento certo. Eis como se resume a vitória alcançada pelo Marítimo na receção ao Benfica”.
Lá por fora, o Eurosport destacou, no artigo de Mark Gleeson, como os dois golos do Marítimo afectaram o Benfica: “O Marítimo lutador marcou duas vezes no espaço de quatro minutos do segundo tempo para registrar uma chocante vitória por 2 x 0 sobre o Benfica, na segunda-feira, e dar aos campeões portugueses outro revés na tentativa de defender o título na liga”.
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