O F.C. Porto confirmou o favoritismo e juntou a Taça à Liga, consumando uma dobradinha que lhe escapava desde 2006.
Um golo de Lisandro, logo aos seis minutos, garantiu a vitória aos dragões sobre o Paços de Ferreira. A incerteza no marcador durou até ao fim, mas a primeira vitória de Jesualdo Ferreira, apoiado por José Gomes na equipa técnica, numa final nunca chegou verdadeiramente a estar em causa.
A estratégia defensiva que o Paços de Ferreira pudesse ter engendrado para enervar o F. C. Porto furou à primeira tentativa e a hora e meia de futebol que se seguiu ao golo de Lisandro López foi pouco mais do que uma formalidade.
O pormenor é que os dragões nem tiveram de trabalhar muito para desfazer o nulo, logo aos seis minutos, numa jogada nascida numa falha do meio-campo pacense, bem aproveitada por Raul Meireles com um passe primoroso para Lisandro, que não perdoou na cara de Cássio.
Os minutos que seguiram ao golo portista até prometeram uma reacção interessante da equipa de Paulo Sérgio. O problema é que, à excepção da velocidade de Cristiano no flanco esquerdo, os “castores” não mostraram armas suficientes para incomodar a sério os defesas dos tetracampeões nacionais, mesmo que estes tivessem parecido algo desconcentrados no início da partida. Depois de um susto provocado por um remate perigoso de Pedrinha, o F. C. Porto passou a controlar em definitivo o jogo, apesar de nunca ter imprimido um ritmo realmente elevado ao encontro.
A velocidade de Hulk, que como se esperava voltou ao onze, e a mobilidade de Lisandro chegaram para pôr em sentido a defesa pacense no resto da primeira parte, e o 2-0 só não surgiu mesmo em cima do intervalo porque o super-herói brasileiro quis desmentir de vez a ideia de que joga só para ele, num lance em que passou a bola a “Licha” quando devia ter rematado à baliza.
Jesualdo não terá gostado do que viu nos primeiros 45 minutos e deve ter dito algo de suficientemente motivador aos seus jogadores na cabinas, tal a forma como os dragões entraram na segunda parte.Num período de dez minutos, a equipa azul e branca criou mais perigo do que em todo o primeiro tempo, numa série de lances que não resultaram em golo por mérito do guarda-redes do Paços e também pela habitual tendência dos portistas para acertarem nos ferros. O azarado foi, desta vez, Raul Meireles, que viu um excelente remate ser devolvido pelo poste esquerdo da baliza de Cássio. O jogo não ficou resolvido neste período de intenso assédio atacante do F. C. Porto e só por isso é que a incerteza quanto ao vencedor da Taça durou até ao apito final.
Paulo Sérgio bem arriscou no ataque, com as entradas de William e Ferreira, mas nesta altura da partida já faltavam as forças ao Paços para obrigar Nuno a fazer uma defesa complicada que fosse. Sem grandes sobressaltos, os dragões seguraram a magra vantagem nos minutos finais e fizeram com os milhares de adeptos que estiveram no Jamor a festa ansiada para terminar em beleza uma época que lhes correu de feição. Depois do tetra, o F. C. Porto conquistou pela 14.ª vez a Taça de Portugal e Jesualdo já pode dizer que também consegue ganhar finais.
Fonte: JN